A 13ª edição do OUT.FEST - Festival Internacional de Música Exploratória do Barreiro, vai decorrer entre 6 e 9 de Outubro de 2016, e anunciam-se agora os primeiros nomes, que reflectem alguns dos enfoques que têm vindo a fazer parte da tecitura programática do Festival.
Como sempre, a prioridade é dada a quem tem vindo a desenvolver um trabalho musical de bravura, criatividade, progressismo e coerência artística - a proveniência do campo estético ou vocabulário passa para plano secundário.
Assim, encontramos uma das bandas fundamentais da história do jazz - não só o free, como todo ele - nas últimas décadas, no trio de Evan Parker, Barry Guy e Paul Lytton, para o seu primeiro concerto em Portugal em 15 anos.
Os pontas-de-lança da tradição de heavy rock psicadélico nipónico Acid Mothers Temple (na fotografia), como sempre liderados pelo virtuoso Hendrixiano Makoto Kawabata.
O regresso de Peter Kember, que é igual a dizer Sonic Boom, apresentando aqui o seu projecto E.A.R. (Experimental Audio Research), pouco tempo depois de mudar de residência para o nosso país - o Sr. Kember irá ainda apresentar um projecto de workshop a divulgar mais à frente.
O lendário Lê Quan Ninh, percussionista, compositor e improvisado francês, vem também apresentado um show a solo bem como um trabalho de workshop.
Foodman, vindo de Yokohama/Tokyo, vem estrear-se em Portugal na sua primeira digressão pela Europa, depois de se ter tornado revelação de uma electrónica que cruza e distila concretistamente todos os estilos (em potência) ao alcance deste compositor neo-renascentista e futurista.
A Tropa Macaca, que lançou este Verão pela editora britânica The Trilogy Tapes o álbum “Vida”, composto por 4 ritos com a sua singular densidade e respiração psicodinâmica, novo episódio desta música rica em texturas harmónicas e tremor e balanço mediúnico, uma balada techno infinita composta por frases graciosas em guitarra e uma paisagem aural tocada por um sistema de electrónica original
Ondness é o heterónimo mais activo em tempos de recentes de Bruno Silva, incansável músico com percurso amplamente editado internacionalmente nos últimos anos, aqui particularmente concentrado num paisagismo húmido e vagamente tóxico, que processa e distila inúmeras referências da composição, da improvisação, da electrónica e da música ambiente.