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Glam Magazine

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Señoritas editam disco de estreia amanhã…

“Acho que é meu dever não gostar” (Ratilho Records) é o nome do disco de estreia das Señoritas, novo projeto de Mitó Mendes (A Naifa) e Sandra Baptista (A Naifa / Sitiados).

we.jpgphoto: Promo /DR

 

Num universo perfeitamente imperfeito surge uma voz, uma guitarra, um baixo e um acordeão, suportados por sets de programações que dão vida às letras de Sandra Baptista, que aqui se estreia também na escrita (à excepção de “Os Funerais são o casamento dos mortos” por Alexandre Nave e “Ciática” por Francisco Resende). As músicas e arranjos são da própria banda.

Gravado em casa, “Acho que é meu dever não gostar” mostra-nos um conjunto de 12 canções que giram em torno de um universo feminino e tendencialmente urbano. Com uma atmosfera densa e bem portuguesa, numa abordagem singular canta-se a vida de uma forma crua e directa.

Señoritas iniciam a tour da presentação do disco já no final deste mês.

 

30 Setembro - Teatro Aveirense (Aveiro)

8 Outubro - Oficina Municipal do Teatro (Coimbra)

21 Outubro - Fórum Municipal Romeu Correia (Almada)

22 Outubro - Casa da Cultura (Setúbal)

28 Outubro - Teatro Miguel Franco (Leiria)

29 Outubro - Auditório Municipal Augusto Cabrita (Barreiro)

4 Novembro - Teatro Helena Sá e Costa (Porto)

5 Novembro - Espaço Miguel Torga (Sabrosa/Vila Real)

3 Dezembro - Centro Cultural e de Congressos das Caldas da Rainha

9 Dezembro - Teatro Municipal Garcia de Resende (Évora)

Vodafone Mexefest… Gallant, Digable Planets e Mike el Nite + Nerve

A estreia no nosso país de Gallant, o regresso aos palcos dos Digable Planets e o espetáculo especial de Mike El Nite + Nerve. São estas as mais recentes confirmações do Vodafone Mexefest, que em novembro põe a música a mexer em Lisboa.

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Gallant é um dos nomes que mais clamor tem tido, quer nas publicações da especialidade, quer junto dos pares que fazem do R&B e da Soul paixão e vida. Com uma voz do outro mundo, estreou-se no ano passado com o single “Weight in Gold”, e em 2016 com o LP de originais “Ology”.

É já um dos discos mais elogiados deste ano e será presença de destaque dia 26 de Novembro no Vodafone Mexefest.

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Os Digable Planets vêm de Nova Iorque e são constituídos por Butterfly (Ishmael Butler), Ladybug (Mary Ann Vieira) e Doodlebug (Craig Irving). Inovadores, espantaram a primeira metade dos anos 90 com os discos “Reachin (A New Refutation of Time and Space)” vencedor de um Grammy em 1993, e “Blowout Comb” no ano seguinte. Fundem o jazz com o rap, apresentando temas com swing e rimas incomparáveis. São icónicos e um deleite para os amantes do hip hop. Donos de clássicos como “Rebirth Of Slick (Cool Like Dat)”, reuniram-se este ano para apenas alguns concertos selecionados, entre os quais o Vodafone Mexefest.

 

Mike El Nite é um dos hip hoppers mais apreciados do momento e promete um espetáculo para guardar na memória. Representa e dá reconhecimento à nova editora AstroRecords, e ofereceu-nos o LP “Justiceiro” onde encontramos a vertente mais eletrónica do rap: o trap. No Vodafone Mexefest o seu parceiro no crime será Nerve, rapper e produtor que com o segundo álbum originais, “’Trabalho & Conhaque’ ou ‘A Vida Não Presta & Ninguém Merece a Tua Confiança”, conquistou rasgados elogios da crítica especializada e apresentações ao vivo de norte a sul.

Juntos, e a não perder, no Vodafone Mexefest.

234 festivais de música em Portugal no ano de 2016…

O número de festivais, com enfoque central na música, em Portugal regista um recorde em 2016, tendo-se registado um aumento de 14% em relação ao ano anterior, quando se realizaram 210 festivais. São agora 243 festivais que foram analisados pela APORFEST - Associação Portuguesa Festivais de Música

rr2.jpgphoto: Paulo Homem de Melo / Arquivo Glam Magazine

 

Em termos de espectadores, e segundo dados fornecidos pelas organizações ou estimados perante lotação de recinto, já se excedeu o número do ano anterior (1,8 milhão de espectadores) e até contabilização total de todos os festivais, ultrapassar-se-á, por certo, os dois milhões de espectadores, embora se note uma maior clivagem e separação entre os festivais "ditos grandes" e os restantes festivais - em 2016, a maioria dos festivais ocorridos não ultrapassa os 500 espectadores diários. Da mesma forma, a grande maioria dos novos festivais (com 1ª edição no corrente ano) não ultrapassa os 1000 espectadores por dia

rr.jpgphoto: Paulo Homem de Melo / Arquivo Glam Magazine

 

Ranking:

1º Rock in Rio Lisboa (329.000)

2º NOS em D’Bandada (200.000)

3º MEO Sudeste (195.000)

4º NOS Alive (165.000)

5º RFM Somnii (100.000)

6º Vodafone Paredes de Coura (100.000)

7º Festival do Crato (100.000)

8º FMM Sines (100.000)

9º NOS Primavera Sound (77.000)

10º MEO Marés Vivas (75.000)

11º O Sol da Caparica (65.000)

12º EDP Beach Paty (60.000)

13º Super Bock Super Rock (56.000)

14º EDP Cooljazz (35.000)

15º Bons Sons (32.000)

rr4.jpgphoto: Paulo Homem de Melo / Arquivo Glam Magazine

 

Curiosidades e Números…

- 61 novos festivais (Lisboa Dance Festival; The World Music Festival; Les Plages Électroniques Lisboa…)

- 182 festivais que voltam a ocorrer em 2016, após edição no ano anterior (ou bienais) (Bons Sons; Milhões de Festa; Souto Rock…)

- 29 festivais que deixaram de ocorrer em 2016, após edição ocorrida no ano anterior (Estilhaços; Mazefest; Rock with Benefits…)

- 22 festivais com naming sponsor (Montepio às vezes o amor; Sumol Summer Fest…)

- 35 festivais desencadeados por municípios (Fmm Sines; Med Loulé; Festival do Crato…)

- 6 festivais cancelados após a sua comunicação (Alvalade Rocks; Greenland Festival…), número superior em relação ao ano anterior

- 34 festivais ocorridos em Lisboa (cidade com maior número de eventos) (Out Jazz, Rock in Rio Lisboa; Faz Música Lisboa…)

- 14 festivais ocorreram de 1 a 3 de setembro (período com maior número de eventos) (TRC Xigur Fest; Manta; Festival F…)

- Rock e Jazz são o estilo musical da maioria dos festivais

rr3.jpgphoto: Paulo Homem de Melo / Arquivo Glam Magazine

 

Muitas conclusões podem ser retiradas sobre os Festivais de Música portugueses, apesar de ser uma área em crescimento desde 2012 (nº de festivais e consequentemente de público que o frequenta), a verdade é que a mesma necessita de maturação dos seus players, uma vez que há várias contrariedades que impedem que um mesmo festival perdure no tempo (mais de 2, 3, 4 edições consecutivas são raras), assim como uma dificuldade em poderem crescer e garantirem para si novos patrocinadores, novos públicos e uma rentabilidade própria, pese embora a grande visibilidade que os media dão, ao invés de outras formas de cultura. Nos últimos anos, os únicos festivais que têm crescido de forma sustentada e com rigor são aqueles que são apoiados ou suportados por municípios, ainda assim longe dos chamados "grandes festivais" que têm para si uma máquina cada vez mais díficil de ser alcançada pelos restantes players, facto que se manterá até pela sua vertente de cativação de público fora de portas cada vez mais coerente e por um enriquecimento cultural dos mesmos, além da música.

 

Fonte: APORFEST - Associação Portuguesa Festivais de Música

“You Want It Darker”… o regresso de Leonard Cohen

Leonard Cohen, aclamado compositor de “Hallelujah”, lança, aos 82 anos, um novo álbum de canções evocativas, considerado já pelas poucas pessoas que o puderam ouvir como ‘obra de arte’ e um ‘clássico Cohen’.

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Este grande artista continua a deslumbrar-nos.

Descomprometido e urgente, “You Want It Darker” é o mais recente capítulo no significativo contributo de Leonard Cohen para o pensamento e música contemporâneos. Estas surpreendentes canções foram maravilhosamente incluídas neste 14.º fascinante novo álbum de estúdio, produzido pelo seu filho Adam Cohen, disponível a 21 de Outubro

NAO marca presença no Vodafone Mexefest

NAO, alter-ego de Neo Jessica Joshua, estreia-se, em Portugal, no próximo dia 25 de novembro, no Vodafone Mexefest. Com formação em Jazz, começou nos palcos enquanto backing vocals para nomes como Kwabs e Jarvis Cocker. No entanto, depois de um EP que gerou enorme clamor, os anos de 2014 e 2015 colocaram-na nas bocas do mundo. A sua música tem como base o funk, ao qual NAO junta eletrónica e R&B.

NAO imagem.jpgphoto: Promo Sony Music

 

O disco de estreia, lançado este ano, é fenomenal, e confirma este novo valor da música britânica. Chama-se “For All We Know” e terá seguramente vincado protagonismo no Vodafone Mexefest.

O single de estreia de NAO chama-se “Girlfriend”. “Fool To Love” foi o segundo tema a ser apresentado e conta com mais de 1 milhão de visualizações no Youtube.

Landim no Musicbox

Contando já com dez anos de actividade discreta mas sempre honesta e salutar no panorama do rap tuga, Landim tem vindo a descobrir progressivamente uma voz cada vez mais sua.

GLAM - Landim

photo: Paulo Homem de Melo

 

Partindo dos ensinamentos e vivências reais da linha de Sintra onde reside, o rapper expõe com uma bravura e visão pouco comuns essa mesma realidade através de rimas em crioulo tão incisivas quanto imagéticas. Tendo encontrado no boom bap a fundação inicial necessária para o seu flow, os últimos tempos têm-no visto a encetar uma abordagem muito pessoal e bem conseguida por beats assentes no trap de Atlanta, convocando para si uma aura cada vez mais indefinível e única.

 

Musicbox (Lisboa)

24 de Setembro 2016 | 22.30h

“Those who throw objects at the crocodiles will be asked to retrieve them” no Gnration…

O novo projeto do compositor / multi-instrumentista Bruno Pernadas parte de uma busca pessoal pela relação entre a mitologia egípcia no que diz respeito à adoração do crocodilo do Nilo e o comportamento humano contemporâneo ocidental.

BP_Crocodiles sq2400-72dpi.jpgÉ também uma continuação do seu anterior projeto “How Can We Be Joyful In a World Full of Knowledge”, editado em 2014, pela Pataca discos.

O trabalho mais recente reúne composições criadas em 2015 e 2016 e caracteriza-se pela longa duração dos seus temas (8 a 15 minutos) com a instrumentação e sonoridade intemporal, tendo como base um processo criativo que pretendeu respeitar a composição em tempo real.

A sonoridade representa uma combinação de vários estilos tais como West Coast Jazz dos anos 70, Lounge oriental, krautrock, freak folk, pop music, sampling e processamento de eletrónica Low Fi, exótica e soul music.

 

Gnration / Blackbox (Braga)

23 de Setembro 2016 | 22.30h

Modalisboa Apresenta Fast Talks…

Está a chegar ModaLisboa Together. Estão a chegar as conversas, as reflexões e os debates. Esgrimam-se as razões, os argumentos e as opiniões. Definem-se os gostos, os posicionamentos e as preferências. E discutimos o papel da moda na atualidade em How Can Fashion Change The World?, no dia 6 de outubro, pelas 18h00, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, em Lisboa.

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How Can Fashion Change The World? pretende ser uma reflexão sobre as mudanças constantes da moda, uma troca de ideias entre designers, comunicadores e todos os agentes envolvidos na indústria e criação de moda. Quais são os seus desafios, dilemas e dificuldades que enfrentam como artistas individuais que podem ser resolvidos e solucionados de forma coletiva - ou together? A mudança está realmente em cada um de nós e existe sempre de forma isolada ou deve ser contextualizada pela comunidade criativa e cultural que a Associação ModaLisboa há 25 anos consegue assegurar?

 

O debate How Can Fashion Change The World? será moderado pela criativa Joana Barrios e vai contar com a participação de Anna Lottersberger, Head of Fashion Cluster na escola de moda e design italiana Domus Academy; Kino Fox, Communication Manager and Entrepeneur, e; Priscila Alexandre, designer de moda portuguesa, atualmente a trabalhar na Hermès.

Um debate nobre onde juntamos os atores, os pensadores e os interlocutores para em conjunto debater os valores de liberdade que definem o caráter da ModaLisboa.

They're Heading West convidam Lena D'Água…

O regresso de They're Heading West aos domingos à tarde na Casa Independente depois da pausa de Verão, não podia ser melhor. É verdade que Francisca Cortesão, Mariana Ricardo, João Correia e Sérgio Nascimento têm-nos habituado a convidados de luxo ao longo destes tempos com concertos que guardamos na memória com gosto. Em todo o caso manter este nível é sempre uma expectativa, e a escolha de Setembro mantém esse princípio.

glam - tHW.jpgphoto: Paulo Homem de Melo / Arquivo Glam Magazine

 

É um ícone dos anos 80, figura fundamental da música moderna portuguesa, a primeira mulher vocalista de uma banda rock nos anos 70 - os Beatnicks, depois fundadora da Salada de Frutas e da Banda Atlântida, bandas em que foi a musa inspiradora do compositor Luis Pedro Fonseca, que assegurava as teclas, a produção e os arranjos. Com um percurso a solo cheio de canções maravilhosas que todos reconhecem como intemporais: "Sempre Que o Amor Me Quiser" ou “Dou-te um Doce”, são 40 anos de carreira com várias etapas, começos e recomeços.

Sem mais demoras, a convidada de Setembro é Lena d'Agua. Vamos então celebrar as canções da Lena com They're Heading West a dar aquele toque especial.

 

Casa Independente (Lisboa)

25 de Setembro 2016 | 19.00h

The Weeknd revela título e capa do novo álbum…

E quando ninguém esperava, The Weeknd anunciou não só o título do seu novo álbum, mas também a capa, na qual mostra o seu novo penteado. O sucessor de “Beauty Behind the Madness”, disco que tornou o canadiano numa estrela planetárias e que alcançou os lugares cimeiros dos tops de vendas, tem como título “Starboy”.

starboy.jpgA fotografia desta capa foi tirada por Nabildo Elderkin. No entanto, ainda não foi revelada qual a data de lançamento deste “Starboy”. Apesar da surpresa quanto a este novo projeto, The Weeknd já tinha referido em maio passado numa entrevista à revista Vogue que se encontrava a trabalhar em novas canções para o sucessor de “Beauty Behind the Madness”. “Criativamente está a acontecer algo de mágico e não quero perder isso”, disse o cantor.

Já em Julho, Wendy Goldstein, representante da Republic Records, avançou que o músico se encontrava a trabalhar com os Daft Punk.

Desconhecem-se mais pormenores quanto a este “Starboy”, mas em breve serão anunciadas mais novidades.

"We used to be Africans" é o single de avanço do segundo álbum dos Cacique´97

Os Cacique’97 são um colectivo de Afro-Beat provenientes de Portugal e Moçambique. São 10 músicos com carreira e curriculum provenientes de diversos grupos como Cool Hipnoise, Philharmonic Weed, Tcheka e The Most Wanted, projectos bem conhecidos nas áreas do funk, reggae e do som afro. Em 2009 lançavam o seu album de estreia.

cacique.jpgEm 2016 regressam com "We used to be Africans" que é também o nome do álbum a ser editado dia 11 de Novembro nos formatos CD e Vinil pela Rastilho Records

 

Circular Festival de Artes Performativas… Joana Von Mayer Trindade & Hugo Calhim Cristóvão

Maria Veleda revelou-se uma evidência, o ponto de partida para a criação deste solo. Pelo seu percurso de não compromisso que lhe condicionou o fim da vida em pobreza material, em quase indigência e miséria, um facto que deveria pesar sobre todos nós. Pelas significações múltiplas da sua presença histórica, desde a luta política metamorfoseada em opções radicais até à curiosidade da sua dedicação ao esoterismo, em paralelo com posturas sempre avançadas e dissonantes com o seu tempo no que diz respeito à mulher, à família, às relações interpessoais.

nuisis_zobop_imgs_SCP1d_ref-1(1).jpgPela lucidez com que analisou os resultados da República por que lutou, após esta se ter implementado, e por perceber a carga de sofrimento e alegria que se gera e paga pelos sonhos de tornar o mundo mais humano. Pelo modo como a sua crítica sempre incidiu sobre os factores de desumanização manifestos nas lógicas do poder e das abstracções que o sustentam, a revolução que se imobiliza em instituições. Pela particularidade do seu pseudónimo “Veleda” (uma “Völvur”) e o modo como este se conjuga em estranheza com o primeiro nome “Maria”, à partida uma implicação que apenas na síntese se poderá descobrir: o arquétipo da mãe do cristianismo (de Cristo) entrelaçado com o de uma profetisa guerreira impregnada de rebeldia e violência contra o império romano. 

 

Pelas associações fonéticas e subjectivas que o seu nome logo despertou, uma vereda embebida em veludo, um veludo que se pode queimar como combustível e fazer arder estes espelhos da memória, do desejo, e das realidades factuais de que se nutrem as repúblicas: veículos prenhes de utopia. O percurso partiu de espirais, de suspensões a traçar as fracturas do caminho. De um bater sempre presente a pedir necessidade, urgência de transformação, espírito de acção, contaminação, ironia e sarcasmo. De uma afirmação que não se compromete e não se cessa

 

Circular Festival de Artes Performativas

Praça São João (Mercado Municipal) (Vila do Conde)

23 de Setembro 2016 | 18.00h

 

Guilherme Tomé Ribeiro (Salto) na Red Bull Music Academy

Guilherme Tomé Ribeiro - AKA: UhAhUh, GPU Panic e metade da dupla fundadora dos Salto, foi escolhido para participar na edição de 2016 da Red Bull Music Academy.

Desde 1998, a Red Bull Music Academy promove um encontro anual que junta músicos de diferentes partes do mundo numa cidade representativa da vanguarda musical e cultural. Este ano, a cidade eleita foi a canadiana Montreal. São 70 músicos, divididos em duas sessões com 35 membros. Cada sessão tem a duração de 15 dias e Guilherme integra a primeira, a ocorrer entre 24 de Setembro e 7 de Outubro.

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O músico portuense vai ter a oportunidade única de partilhar música, palco e estúdio com músicos de todo o mundo (a edição deste ano conta 38 nacionalidades), aproveitando o momento para ouvir e vivenciar experiências com alguns dos mais importantes músicos e produtores da actualidade.

 

A Red Bull Music Academy 2016 conta com convidados como Iggy Pop, Bjork, Chilly Gonzales, Theo Parrish, Suzanne Ciani, Tiga e Sampha entre muitos outros.

“Interludes”… a estreia de DJ Player

Se a arte do storytelling sempre caminhou de mãos dadas com o Hip Hop, seria legítimo que um produtor aspirasse também a contar as suas peripécias e conquistas individuais, usando a sua própria linguagem, sem precisar de se limitar ao universo das mixtapes e dispensando o contributos de MC’s.

Interludes” é o álbum de estreia de DJ Player, mas é também muito mais do que um simples álbum de instrumentais. Ao longo do disco cada faixa apresenta-se como um reflexo ou um desabafo sincero de projeções e ambições pessoais e profissionais, provando que ainda nem tudo foi experimentado no panorama da música contemporânea, feita em Portugal. É por isso mesmo um trabalho tão íntimo quanto honesto e transparente.

dj.pngTendo por principais referências as coordenadas Trip Hop e o Rap dos 90’s americanos, estes “interlúdios” são também o espelho daquilo que se espera dos tempos vindouros do Hip Hop, apontando ainda para espaços conhecidos da música electrónica e do jazz. Interludes assume-se assim sendo como um álbum que se pretende, acima de tudo, versátil, transversal e inovador. O que distingue a arte de DJ Player é o forte pendor narrativo dos seus beats, como se todos estes temas interligados contassem uma clara história. As palavras, afinal de contas, estão todas na nossa cabeça.

A arte de DJ Player encontra-se ainda, noutra dimensão, em trabalhos de Deau e, em breve, nos novos lançamentos de TNT, Tekilla ou Sacik Brow. O facto de serem todos mcs muito diferentes é um atestado claro da versatilidade que os beats de DJ Player conseguem ter. Desde 2009, quando lançou a mixtape Reprogramação, onde se encontrava o clássico "Cara Metade" que ajudou a firmar os nomes de Deau e Supremo G (que hoje responde por Jimmy P...), que Player não tem parado de trabalhar e evoluir: esteve ligado à Urban Beat Battle, assina trabalho para publicidade e bandas sonoras tudo indica que em breve poderemos ouvir a sua música no grande ecrã. Tudo marcas de um percurso feito a pulso e com uma atitude de permanente procura e reinvenção que agora tem mais um resultado concreto.

 

Interludes” estende-se por 14 faixas e as participações limitam-se à guitarra de DJ Kronic e à voz de Musetta.

Pano de Xita IV com Putas Bêbedas, Kerox + DjSet Nuno Rabino

É em 2010, que surgem, de Lisboa, no meio dos vários projetos a sair da Cafetra Records, as Putas Bêbedas. Nascem da fusão entre os membros mais corrosivos da editora, Leonardo Bindilatti, Miguel Abras, João Dória e Hugo Cortez, lançam agora passados 3 anos o seu primeiro LP, “Jovem Excelso Happy” (primeira edição vinil da Cafetra).

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É um disco feito por quem vê a vida pelo ângulo mais distorcido possível. De lá surgem músicas que podem ser classificadas como metal-punk, como se no fundo se tratasse de uma causa exclusiva para festejar tanto a morte do Rock, como a peça de arqueologia de que se trata.

Só um álbum como “Jovem Excelso Happy” consegue juventude num Rock tão perdido como desencontrado de um lado, toda a delicadeza do mundo Bubblegum Pop; do outro, a guerra de instrumentos em que o som que nos indica ser impróprio para consumo é contrastado com uma fantasia espacial e inovadora. É neste acreditar perdido, nesta dança da tristeza, que engenheiro Abras canta num registo crooner zombie alguma da realidade dentro do conto de fadas podre que é as Olaias.

O álcool bebido começa a subir á cabeça de quem ouve uma destruição tão longínqua, uma canção esquecida entre um confronto de titãs que só a querem esmagar. “Jovem Excelso Happy” dá-nos a sensação de estar num beco sem saída, onde a música é banda sonora do maior dos pesadelos.

 

Sabotage Club (Lisboa)

22 de Setembro 2016 | 22.00h

“De Bem com a Vida”… novo álbum de Martinho da Vila já disponível

O novo álbum do Ícone da música brasileira, Martinho da Vila, já está disponível. Chama-se “De Bem Com a Vida”, e conta com 7 músicas inéditas. Em nove anos, este é o primeiro trabalho do cantor de samba, com 78 anos, com temas originais. Ao todo, são 14 músicas, entre inéditos e novas versões de temas já editados por Martinho, em parceria com Criolo, Ivan Lins, João Donato, Geraldo Carneiro, Zé Catimba, Marcelinho Moreira, Fred Camacho, Carlinhos Vergueiro, Arthur Maia, Francis Hime, Olívia Hime e Sereno.

Martinho da Vila De Bem Com a Vida capa.jpgEscuta Cavaquinho”, o single de estreia, simula uma conversa entre o cavaquinho e o violão. Geraldo Carneiro escreveu esta música, na sua primeira parceria com Martinho da Vila, e afirma: “Martinho escreve músicas nas quais parece um antepassado do samba, pela batida, por uma atmosfera que sugere a ancestralidade real ou imaginária do samba. E também faz sambas futuristas, turistas do futuro, não só pela temática, mas pela matemática amorosa com que esquadrinha o mundo em suas voltas e revoltas. Em suma, é um sambista de todas as eras”.

 

“O disco parte de músicas que eu já tinha preparadas e decidi trabalhar melhor nelas, como ‘De Bem Com a Vida’, e outras que foram surgindo. ‘Alegria’, por exemplo, eu criei pois quando fiz o show ‘Inusitado’, com o Midani, criei músicas para todos os meu filhos e a Alegria não tinha. E assim o disco foi nascendo aos poucos”, comentou Martinho.

O álbum é o primeiro lançamento de Martinho, após o regresso do artista à Sony Music, editora com a qual já tinha lançado 17 discos, entre 1988 e 2003. A produção de “De Bem Com a Vida” ficou a cargo de André Midani, executivo e produtor que marcou a história da música, na projeção de nomes como Chico Buarque, Ney Matogrosso e Gal Costa. Ao produzir o disco, Midani fez seu primeiro trabalho no universo do samba.

 

 

 

Marco Rodrigues nomeado para um Grammy Latino

“Fados do Fado”, o último álbum de Marco Rodrigues, foi nomeado para um Grammy Latino na categoria de Melhor Álbum Folk. O disco, produzido por Diogo Clemente, tem sido um sucesso comercial e de crítica e é verdadeiramente o seu trabalho de afirmação, tanto em Portugal como no estrangeiro.

fff.jpgphoto: Promo /DR

 

Fados do Fado” é um álbum dedicado aos homens do fado. Temas como “Rosinha dos Limões”, “Trigueirinha”, “Bairro Alto” ou “Vendaval” são pedras preciosas que remetem para nomes como Carlos do Carmo, mas também para Tristão da Silva, Jorge Fernando ou Tony de Matos, entre tantos outros.

Recentemente, Marco Rodrigues foi também convidado a participar no disco "El Alma del Son - Tributo a Matamoros", do cubano Alain Perez, que o ano passado esteve nomeado para um Grammy Latino, na categoria de Melhor Álbum Tropical Tradicional.

Os vencedores dos Grammys para a música latina serão conhecidos a 17 de novembro, numa cerimónia a ter lugar em Las Vegas.

 

Próximas datas de concertos de Marco Rodrigues:

 

24 Setembro 206 – Caixa Alfama (Lisboa)

8 Outubro 2016 - Auditório Municipal do Seixal

9 Outubro 2016 - Festival Escritas do Sul (Almodôvar)

22 Outubro 2016 - Auditório João Mota (Sesimbra)

27 e 28 Outubro 2016 - Caixa Luanda

4 Novembro 2016 - Teatro Diogo Bernardes (Ponte de Lima)

12 Novembro 2016 - Ciclo Musical “Longe É Aqui” (Loulé)

Darko lança novo single em Português… “Pó”

Darko acaba de estrear o seu novo vídeo, “Pó”. Depois de “Não me digas” e “Crying out”, os dois primeiros singles de “Overexpression”, terem sido especialmente bem recebidos nas actuações que o músico fez de norte a sul, foram criadas as bases para esta nova canção “”.

Darko_Po_imagem.jpgMafalda Arnauth juntou-se a Darko, num dueto intenso que reflete o desalento de uma perda. Tendo como metáfora o amor, "Pó" reflecte a tristeza no olhar de uma nação que vê transfiguradas as suas expectativas e os seus sonhos.

O músico regressou à sua terra Natal, para gravar o vídeo num dos locais da sua infância. A Quinta da Cruz, e outros sítios marcantes de Viseu, servem de pano de fundo a uma partilha emotiva, que conta ainda com a participação da modelo Fátima Preto.

O vídeo foi realizado por Fernando Tavares. 

Lady Gaga anuncia álbum "Joanne" para 21 de Outubro e estreia video

Vencedora de seis prémios Grammy, Lady Gaga vai lançar o seu muito aguardado quinto álbum de estúdio, “Joanne”, a 21 de outubro.

O anúncio foi feito recentemente pela própria cantora numa entrevista a Zane Lowe no programa Beats 1.

lady.jpgEste anúncio surge pouco depois do lançamento do single “Perfect Illusion”, o primeiro retirado do novo álbum e agora apresentado o video.

O single entrou diretamente para o 1.º lugar dos tops de vendas do iTunes em 60 países. Após uma semana do seu lançamento, “Perfect Illusion” tornou-se a canção mais adicionada às playlists de rádio de música pop, nos EUA.

Ao longo da sua carreira, Lady Gaga já vendeu 30 milhões de álbuns em todo o mundo e 150 milhões de singles. “Joanne” surge três anos depois do desafiante “Artpop”, sendo que pelo meio ainda se aventurou num disco em parceria com Tony Bennett, “Cheek to Cheek”, editado em 2014.

Artistas e representantes da indústria musical reúnem com Comissário Europeu Carlos Moedas

O Comissário Europeu Carlos Moedas, responsável pelas políticas de Investigação, Ciência e Inovação, reuniu, em Bruxelas, na passada sexta-feira, com uma delegação composta por artistas e representantes da Indústria Musical Portuguesa. A Delegação Portuguesa, que integrou os autores e artistas David Fonseca e Francisco Maia Pereira (D.A.M.A.), os principais produtores musicais nacionais, membros das Direções da AFP e AUDIOGEST, e respetivo Diretor-Geral, teve oportunidade de expor as suas preocupações com a situação atual da distribuição digital de conteúdos, mas também as suas fundadas expectativas na aprovação de medidas legislativas à escala da União. Esteve também presente a Diretora do Escritório Europeu da Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI), Olivia Regnier. 

A reunião centrou-se nas propostas legislativas anunciadas no passado dia 14 de setembro, pela Comissão Europeia, propostas essas que a AUDIOGEST e a AFP qualificam como um primeiro passo muito positivo para a resolução da questão denominada de “Value Gap” que se traduz numa inversão da cadeia de valor que prejudica criadores, intérpretes, produtores e todos aqueles que investem na criação e na cultura, em benefício de algumas plataformas.

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O que está em causa é o facto de algumas grandes plataformas de serviços digitais em que o conteúdo é carregado pelo utilizador (‘user upload content’), reivindicarem o estatuto de “intermediários passivos” para não serem abrangidas pelas regras aplicáveis aos direitos de autor e conexos quando, de facto, têm um papel ativo na distribuição de música. A proposta de Diretiva que foi tornada pública na passada semana vem clarificar que também estas plataformas estão obrigadas a negociar acordos com os titulares de direitos para que possam utilizar os seus conteúdos protegidos como é o caso da música.

 

"Este é um início promissor de um percurso que esperamos venha a ter como resultado um mercado digital de obras e prestações mais justo e leal”, afirmou João Teixeira Presidente da Direção da AFP. No decorrer da Reunião os autores e artistas David Fonseca e Francisco Maia Pereira, tiveram oportunidade de ilustrar as suas preocupações e apelos com as respetivas experiências pessoais enquanto artistas e autores, sublinhando sempre a importância das plataformas digitais para a distribuição de conteúdos mas também a necessidade de ser reposta uma situação de justiça e equidade entre os sectores criativos e as plataformas digitais.

 

Por seu turno o comissário Carlos Moedas, sublinhou que "As tecnologias digitais mudaram a forma como a música, os filmes, a TV, a rádio, os livros e a imprensa são produzidos, distribuídos e colocados à disposição do público. Novos serviços em linha como a música em linha, plataformas de vídeo a pedido e novos agregadores de notícias, tornaram-se muito populares, e os consumidores esperam cada vez mais ter acesso aos conteúdos culturais em movimento e através das fronteiras. Esta nova realidade não impede que qualquer trabalho criativo deve ser remunerado de forma justa, seja ele divulgado em linha ou não."

 

Recorde-se que, ainda em Julho passado, cerca de 1.600 artistas, entre os quais se contam mais de sete dezenas dos mais conceituados artistas portugueses, assinaram uma carta dirigida à Comissão Europeia em que apelam para alterações legislativas urgentes, à escala da União, que permitam corrigir os desequilíbrios negociais e de valor remuneratório que claramente beneficiam algumas das maiores plataformas de distribuição de música, com prejuízo directo para os titulares de direitos e para o mercado.

 

A AUDIOGEST e a AFP congratulam-se com os progressos alcançados, mas não deixam de sublinhar o longo caminho que há ainda a percorrer para o alcançar de um mercado digital de conteúdos verdadeiramente justo e ditado por regras de sã e leal concorrência.