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Glam Magazine

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O Cineteatro António Lamoso esteve no Basqueiral

O Basqueiral, festival urbano de Música em Santa Maria de Lamas, foi o cenário escolhido para a apresentação do novo leque de disciplinas e artistas que irão passar brevemente pelo Cineteatro.

Resgatando a ideia de roadshow, José Cardoso manteve o tom descontraído e apresentou as propostas culturais que marcarão os meses de setembro a dezembro.

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photo: Paulo Homem de Melo

 

Em destaque esteve o concerto especial de celebração dos 25 anos de lançamento do emblemático “Mutantes S.21” dos Mão Morta, assim como as referências musicais do À4Há. O palco das quartas-feiras, dedicado aos talentos emergentes, irá receber projetos como The Bookkeepers, Núria Graham (na foto), Surma, Gobi Bear e Jonny Abbey, que se apresentou no festival com a curadoria do Cineteatro.

 

O Quiz, que já havia sido promovido na apresentação no trimestre anterior, foi renovado e a brincadeira foi recebida com interesse pelos ouvintes, que assistiram e participaram ativamente da dinâmica sugerida. Para os mais atentos chegou a recompensa com convites para os espetáculos mencionados.

Mais uma vez, o Cineteatro evidencia a vontade de se aproximar da comunidade, indo de encontro aos seus públicos.

Sun Kil Moon atuam em Espinho em data única nacional…

Mark Kozelek é explicito nas suas palavras: I Love Portugal é o título de uma das músicas que compõem o seu último álbum e uma dedicatória apaixonada ao país. Haverá melhor razão para regressar? Com Sun Kil Moon, o músico volta a pisar solo português para um concerto no Auditório de Espinho.

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O seu último disco, “Common As Light and Love Are Red Valleys of Blood”, gravado com o baterista Steve Shelley, foi editado em Fevereiro, com o selo da Caldo Verde Records (mais uma referência a Portugal) e será o prato principal deste concerto.

 

Com um percurso que já soma dezenas de discos e a participação noutras bandas, como é o caso de Red House Painters, Mark Kozelek tem vindo a escrever uma das mais notáveis páginas da música feita nas últimas décadas. Só este ano, além de “Common As Light and Love Are Red Valleys of Blood”, lançou ainda “30 Seconds To The Decline Of Planet Earth”, com Jesu, uma banda experimental do Reino Unido.

 

O concerto de Sun Kill Moon está marcado para 24 de Novembro, às 21h30 no Auditório de Espinho.

My Woman... Angel Olsen no NOS Primavera Sound

Para quem já conhecia o trabalho de Angel Olsen, as expectaivas eram grandes. A norte americana tinha na calha um dos melhores discos de 2017, “My Woman”, um disco de afirmação depois de 2 trabalhos que marcaram o inicio de carreira da jovem Olsen, “Burn Your Fire for no Witness” de 2014 e “Half Way Home” de 2012.

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Angel Olsen, com a sua voz intemporal rapidamente envolveu o ambiente com as explosões sonoras cativantes. Frontal e simpática, Angel é selvagem em palco mas nunca demonstrando esse lado mais ‘fora’ da sua música, mas o seu lado bruto e cru está lá, na música e em palco bem como nos músicos que a acompanham. Olsen é o retrato tipico da estrela pop de personalidade errada, que seguiu um caminho elíptico e sombrio, e ainda bem…

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Temas como “Sister” ou “Woman” são marcantes para compreender a mensagem que transmite, quer em disco quer em palco. Mas a sua mensagem é disforme, segue caminhos sinuosos à medida que transmite uma sensação de sedução junto do publico, apelando quer ao sentimentalismo ou à revolta.

As suas variações de ritmo e até de humor enquanto nos brinda com a sua música, apelam aos sentimentos desde os mais tristes, na segunda parte do concerto, ou os mais sentimentalistas logo a abrir o alinhamento.

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Em palco, desmaios poéticos caracterizam a sua afirmação, apresentados ao som de um folk sombrio, pincelado de grunge e de tiradas pop sempre escolhidas a dedo por Angel.

Shut Up Kiss Me” logo na primeira parte do concerto, é o reflexo dessa postura grunge, nervosa mas subtil na passagem da mensagem feminista levada à exaustão de quem está apaixonado.

A fechar o concerto um maravilhoso ensaio ‘pop-electronico-vintage’ com flashbacks psicadélicos.

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Soube a pouco? Sim. Angel é daquelas presenças em palco que não cansa, que não aborrece e sobretudo é uma artista que tem sempre presente o factor surpresa devido à sua variedade única de estilos que desfia em palco, intuitivamente inteligente, calorosamente comunicativo e sem receios. Angel Olsen fala a todos, independentemente do seu trabalho apelidar-se de “My Woman”

 

Reportagem: Sandra Pinho
Fotografias: Paulo Homem de Melo

 

Primavera Sound.... Festival de música em Barcelona com Arcade Fire, Bon Iver e outros

Primavera Sound... Festival de música em Barcelona com Arcade Fire, Bon Iver e outros sucessos

No final do mês passado, Barcelona respirou música durante o festival Primavera Sound. Uma semana em que vários artistas de diversos lugares do mundo deram um show em dias em que muitos sucessos e géneros diferentes foram tocados para o público. Teve um bocadinho de tudo, o que agradou os fãs de todas as idades. “Foi um dos melhores festivais da minha vida, acredito que as pessoas que estiveram por aqui também pensam o mesmo. A organização, variedade, tudo foi maravilhoso”, disse a estudante Maria Neves para a Red Bull TV.

O rock prevaleceu no festival, principalmente com Arcade Fire, que foi a principal banda que apresentou na última semana em Barcelona. Com muitos sucessos em uma carreira internacionalmente conhecida, os canadianos colocaram um alinhamento de várias músicas novas e ainda homenageou David Bowie. “Sinto tanto a falta de David Bowie”, disse Win Butler, da banda canadiana. Não foi só Arcade Fire que lembrou de Bowie durante o festival. Seu Jorge, que é reconhecido como um dos principais cantores da música popular brasileira, também não esqueceu de um dos maiores de sempre.

 

Seu Jorge tem grande admiração por Bowie, e no festival apresentou “The Life Aquatic. A Tribute to David Bowie”, com canções famosas e conhecidas do britânico, como “Rebel Rebel”, “Life On Mars?”, “Starman” e “Five Years””. Com um toque brasileiro de muito samba, Seu Jorge empolgou a todos.

Bon Iver, uma banda de indie folk e foltronica, também empolgou o público com uma apresentação impecável. Havia a expectativa que talvez a banda não se apresentasse, pois o cantor Justin Vernon cancelou alguns shows no início do ano por problemas pessoais. Poderia ser algo parecido com Frank Ocean, cantor que cancelou sua apresentação pouco antes do Primavera Sound. Mais do que cumprir com a apresentação programada, Bon Iver viu Barcelona lhe acompanhar com as principais canções do início ao fim. “Foi uma apresentação incrível, estar aqui, nesse país, e cantar diante de todo esse público é especial”, disse Vernon após o show.

 

Além de Inner, Seu Jorge e Arcade Fire, o festival recebeu outras bandas. As principais foram Descendents, Against Me!, The XX, Slayer ou Mac DeMarco.

 

O palco para um festival tão grande e que recebeu cantores de classe mundial foi perfeito. Barcelona é uma cidade cada vez mais cultural, e que recebe de braços abertos vários eventos além da música. O desporto também cresce nessa cidade espanhola, que sediou os Jogos Olímpicos de 1992 – e isso vai mais do que futebol de Neymar, Suarez e Messi. Entre basquetebol a póquer, cidade que já sediou campeonato importante na Europa, Barcelona é o destino para quem quer combinar cultura e desporto.

 

Como é normal por lá, Barcelona terá um mês agitado na cultura. Além do festival Primavera Sound, a cidade receberá outros cantores famosos em junho. Entre eles estão Michael Bolton, Ariana Grande e Tony Bennett. Ainda neste ano, Rolling Stones, Lady Gaga e Elton John também estarão na cidade espanhola. Barcelona é um lugar espetacular para festivais como o Primavera Sound, e se ama música, é bom ficar atento ao calendário dessa cidade para não perder os concertos incríveis que estão a chegar.