Marionetas Portuguesas… animam Macau
As companhias portuguesas Jangada Teatro e Marionetas da Feira estreiam este mês de Março espetáculos na Ásia, ao participarem no segundo Encontro de Marionetas em Macau, uma aposta na internacionalização a oriente.
Organizado pela Casa de Portugal em Macau, o segundo Encontro de Marionetas decorre durante dois fins de semana, e conta também com marionetistas portugueses radicados em Macau, como Elisa Vilaça e Sérgio Rolo, além de um convidado especial de Espanha, Toni Rumbau
Tanto Luís Oliveira, do Teatro Jangada, como Toni Rumbau participam ainda no festival literário Rota das Letras, com o artista catalão a apresentar o livro "Rotas de Polichinelo" a 21 de março, dia em que também leva ao palco o espetáculo "A Duas Mãos".
A companhia Jangada Teatro vai apresentar o espetáculo "Patinho Feio", nos dias 22 e 23 de Março. O espetáculo, descrito como "um musical com marionetas", retrata "a temática da discriminação e da intolerância", através de um "patinho que é abandonando pela própria mãe e que mais tarde se transforma num cisne". "É inspirado em técnica portuguesa, nomeadamente através da construção dos bonecos e tem, ao nível dos figurinos, um apontamento oriental, ou seja, esta fusão entre a cultura portuguesa e a oriental (...) interessou bastante a que levássemos o espetáculo" a Macau, observou Luís Oliveira.
O grupo Marionetas da Feira tem agendadas sessões de dois espetáculos: "O Circo das Marionetas" e "De Se Tirar o Chapéu" a 20 e 22 de Março. Os espetáculos em Macau consistem num teatro executado com marionetas de fios - "O Circo das Marionetas", em que o tema é o universo circense, e noutro "mais intimista", mas também "para o público familiar" intitulado "De Se Tirar o Chapéu", explicou Alberto Castelo.
"Todo (o espetáculo) é construído com chapéus de palha, que se vão transformando à medida que o espetáculo vai evoluindo e contam toda a história", afirmou.
O grupo Marionetas da Feira já apresentou espetáculos na Europa e no Brasil e está curioso em relação à Ásia.
"Já temos alguns relatos por companhias de Portugal que estiveram presentes no primeiro encontro de marionetas, mas, como consideramos que o teatro de marionetas é uma linguagem universal, e como também já tivemos outras experiências noutros territórios, contamos que haja uma aceitação por parte do público, e que no regresso, estejamos satisfeitos com a nossa estada em Macau", acrescentou Alberto Castelo à Agencia Lusa
Fotografia: Paulo Homem de Melo (Marionetas da Feira)